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19 de janeiro de 2011

Riscos nos Trabalhos de Escavação

Perigos/Riscos mais Frequentes
·         Queda de pessoas a nível diferente;
·         Queda de pessoas ao mesmo nível;
·         Queda de objetos por desabamento ou desmoronamento de estruturas vizinhas;
·         Queda de objetos desprendidos;
·         Marcha sobre objetos;
·         Soterramento;
·         Choques ou pancadas por objetos móveis;
·         Projeção de fragmentos ou partículas;
·         Entalamento ou esmagamento por ou entre objetos;
·         Entalamento ou esmagamento por capotamento de máquinas;
·         Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
·         Contactos elétricos, por interferência com redes técnicas;
·         Explosão, por interferência com redes técnicas;
·         Atropelamento ou choque de veículos;
·         Exposição ao ruído;
·         Exposição a substâncias tóxicas ou nocivas (poeiras e gases);
·         Exposição a vibrações.

Causas Principais
·         Falta de preparação do trabalho, nomeadamente, existência de infra-estruturas enterradas e tipo de solo;
·         Não respeitar os taludes naturais;
·         Sobrecarregar os topos dos taludes;
·         Não vigiar e sanear os taludes;
·         Entivação inadequada ou insuficiente;
·         Topo dos taludes sem proteção (contra quedas em altura);
·         Trabalho desorganizado;
·         Não manter os caminhos de circulação em estado adequado para a circulação;
·         Não definir e sinalizar caminhos de circulação com largura suficiente para a circulação segura de caminhões e peões;
·         Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
·         Não delimitar e sinalizar a zona de trabalhos e não controlar as entradas nessa zona;
·         Não respeitar as limitações das máquinas, indicadas pelos fabricantes;
·         Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (para arrancar elementos construtivos ou utilizar os equipamentos para além das capacidades indicadas pelo fabricante...);
·         Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.



Medidas de Prevenção Aconselhadas
·         Antes de iniciar qualquer trabalho deve efetuar o levantamento de: tipo de terreno (talude natural, coesão, níveis freáticos, teor de unidade, estratificações, escavações ou aterros anteriores...), proximidade de construções (e suas fundações) ou outras estruturas, proximidade de fontes de vibrações (estradas, fábricas...) e proceder ao levantamento de todas as infra-estruturas aéreas e subterrâneas (localização e profundidade exatas) e, solicitar às entidades exploradoras o seu desvio, caso se encontrem na zona de influência da escavação; se tal não for possível, deve-se efetuar um planejamento cuidado do trabalho porque, nesta situação as concessionárias vão exigir datas e horas para efetuar os cortes;
·         No caso de surgir um cabo elétrico ou uma tubagem de gás, não assinalados nas plantas, os trabalhos devem ser suspensos, de imediato, até à chegada de um responsável da entidade exploradora;
·         Devem ser construídos acessos separados à escavação, para pessoal e para veículos;
·         Só deve utilizar máquinas homologadas;
·         Os veículos e máquinas usados devem ter a sinalização luminosa e acústica de marcha-ré em bom estado de funcionamento;
·         Deve ser rigorosamente proibido todo e qualquer trabalho ou a permanência de trabalhadores no raio de ação das máquinas;
·         Devem ser definidos e devidamente sinalizados, caminhos de circulação com largura suficiente para evitar o choque frontal de veículos;
·         Os caminhos de circulação devem ser mantidos em bom estado, tapando covas e irregularidades e compactando as zonas moles (se necessário, com toutvenant ou detritos de pedreira);
·         Devem ser devidamente entivadas, todas as frentes de escavação cujo talude tenha ângulo superior ao do talude natural;
·         Devem-se impedir as infiltrações nos taludes através de covas e regueiras da superfície, construindo drenos; colmatando e compactando covas susceptíveis de se transformarem em charcos e obturando fissuras superficiais com terra compactada;
·         Se a escavação atingir o nível freático, deve-se proceder à drenagem permanente das águas e à vigilância dos taludes;
·         Se a escavação for efetuada em zona de aterro, deve-se verificar o estado de compactação dos solos e a escavação deve ser executada por pequenos troços (em extensão e profundidade);
·         Se existirem edificações, muros em alvenaria ou betão ou postes devem-se escorar ou recalcar todos os alicerces/maciços susceptíveis de serem afetados;
·         Deve ser vigiada, diariamente, a resistência dos taludes, especialmente se o solo apresenta fissuras ou estratificações (descontinuidades) muito acentuadas ou se estão previstas grandes amplitudes térmicas no decurso da escavação. Se for necessário proceder ao seu saneamento, os trabalhadores que executarem a tarefa devem usar arnês anti-quedas;
·         Se existirem estradas ou caminhos de circulação de veículos, próximas da frente de escavação deve-se exercer uma vigilância diária sobre a resistência do talude e instalar sinalização rodoviária, a avisar da circulação e manobra de máquinas e viaturas. Se a intensidade do tráfego o justificar devem ser estudadas limitações de velocidade;
·         Se o tráfego o justificar, devem ser utilizados «sinaleiros» nos entroncamentos com as vias públicas;
·         Nos trabalhos de saneamento com alavancas ou escombreiras, os trabalhadores devem usar proteção Anete queda, para ocaso da ferramenta escapar, ao exercer a força, ou a pedra ceder inesperadamente;
·         Se houver necessidade de aproximar máquinas ou caminhões do coroamento dos (para carregar ou descarregar, por exemplo), devem ser colocados batentes a uma distância mínima de 2 m
·         O coroamento dos taludes que se situem junto a caminhos de circulação (da obra ou outros), devem ser protegidos com guarda-corpos, colocados a dois metros do bordo;
·         Deve ser rigorosamente proibido trabalhar junto a taludes (especialmente na parte de baixo) abertos recentemente e que ainda não tenham sido saneados;
·         Deve dotar a escavação de meios de acesso adequados;

Escavações em Valas e Trincheiras
·         Devem ser entivados todos os taludes de valas e trincheiras cuja profundidade ultrapasse 1,80 m. A entivação deve ser adequada ao tipo e condições do solo, grau de unidade e possíveis sobrecargas. As madeiras usadas nas entivações e escoramentos devem ser de boa qualidade, isentas de nós e fissuras e ter secção suficiente;
·         A entivação deve ser reforçada ‘em todos os locais expostos a vibrações de tráfego ou onde exista o risco desmoronamentos, derrube de estruturas ou de vegetação de grande porte;
·         Não devem ser deixados vazios entre as tábuas de entivação e o terreno. As tábuas devem ser bem apertadas por cunhas contra os prumos e as cintas, O espaçamento entre as cintas deve ser adequado ao tipo e condições do solo;
·         A desmontagem das entivações em terreno pouco coeso deve ser efetuada com os trabalhadores fora da zona de perigo, as peças devem ser atadas com cordas e puxadas de fora da zona que vai ficar desprotegida;
·         As escavações efectuadas em locais com infra-estruturas podem ser executadas com meios mecânicos até 1 m das condutas, com martelos pneumáticos até 0,50 m das condutas e, a partir desta distância, devem ser executadas com ferramentas manuais;
·         Nas escavações com ferramentas manuais, os trabalhadores devem manter entre si uma distância mínima de 3m;
·         Em valas ou trincheiras com profundidade superior a 1,50 m devem ser instaladas escadas de acesso espaçadas entre si de 15m, no máximo;
·         Os produtos de escavação não devem ser depositados a menos de 0,60 m do bordo superior da vala. Neste espaço não deve ser permitida a deposição de quaisquer materiais e deve ser interdito o trânsito de pessoas e veículos. 

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